Orações subordinadas: tipos, exemplos e resumo

Igor Alves
Igor Alves
Professor de Língua Portuguesa

As orações subordinadas são assim designadas porque dependem de uma oração principal para fazer sentido. Em outras palavras, não funcionam sozinhas, como uma frase completa, necessitam ser ligadas a outra oração para terem significado.

Essas orações desempenham diferentes funções em uma frase, atuando como termos essenciais, integrantes e acessórios de outra oração.

Exemplos de orações subordinadas:

  • "Seus pais desejam que você estude."
  • "O carro que comprei é vermelho."
  • "A funcionária saiu correndo para que não atrasasse para o trabalho."

Existem três tipos de orações subordinadas: as substantivas, adjetivas e adverbiais.

Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas funcionam como substantivos na frase. Podem desempenhar o papel de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, entre outros.

Orações subordinadas substantivas subjetivas

Exercem a função de sujeito.

Exemplo:

"É certo que a presença do advogado trazia-lhe alívio."

Oração subordinada substantiva objetiva direta

Desempenham a função de objeto direto.

Exemplo:

"Quero que você amadureça."

Oração subordinada substantiva objetiva indireta

Cumprem a função de objeto direto.

Exemplo:

"A aniversariante tem dúvidas sobre se você poderá comparecer à festa."

Oração subordinada substantiva predicativa

Atuam como predicativo.

Exemplo:

"A verdade é que você está indo bem nos estudos."

Oração subordinada substantiva completiva nominal

Representam a função de complemento nominal.

Exemplo:

"O medo de que algo aconteça é compreensível."

Oração subordinada substantiva apositiva

Exercem a função de aposto.

Exemplo:

"É preciso que reconheças: fumar faz prejudica a saúde."

Orações Subordinadas Adjetivas

Essas orações funcionam como adjetivos na frase, descrevendo ou especificando um substantivo.

Oração subordinada adjetiva explicativa

Possuem a função de fornecer informações adicionais sobre um substantivo, mas não são essenciais para o entendimento da frase. São geralmente separadas por vírgulas.

Exemplo:

"O livro que comprei é interessante."

Oração subordinada adjetiva restritiva

Essas orações têm a função de restringir ou delimitar o significado do substantivo ao qual se referem. São essenciais para o entendimento da frase, e sua remoção altera o sentido da oração principal. Geralmente, não são separadas por vírgulas.

Exemplo:

"Meu pai, que é médico, gosta de esportes."

Orações Subordinadas Adverbiais

Funcionam como advérbios, modificando um verbo, adjetivo ou advérbio da oração principal. São normalmente introduzidas por conjunções subordinativas, expressando circunstâncias, como tempo, lugar, causa, finalidade, condição, entre outras.

Oração subordinada adverbial causal

Determinam a causa ou motivo da ação principal. Respondem a perguntas como "por que?", sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas como "porque", "como", "já que", "visto que".

Exemplo:

"Saiu correndo porque estava apavorada."

Oração subordinada adverbial comparativa

Desempenha a função de estabelecer uma comparação entre a ação da oração principal e outra ação ou situação. É introduzida por expressões como "como", "do que", "mais/menos... do que", "assim como", "tal como", "que nem", entre outras.

Exemplo:

"Ele trabalha como um profissional trabalha."

Oração subordinada adverbial concessiva

Essas orações indicam uma concessão. São introduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas como "mesmo que", "ainda que", "por mais que", "embora".

Exemplo:

"Embora faça frio, fomos à praia."

Oração subordinada adverbial condicional

Expressam uma condição que deve ser cumprida para a ação principal ocorrer. São introduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas como "se", "caso", "desde que".

Exemplo:

"Se chover amanhã, o evento será adiado."

Oração subordinada adverbial conformativa

Esse tipo de oração tem a função de indicar uma conformidade, concordância com a ação da oração principal. Geralmente são introduzidas por expressões como "conforme", "segundo", "como", "consoante", "de acordo com", entre outras.

Exemplo:

"Vista-se como quiser."

Oração subordinada adverbial consecutiva

Exerce a função de indicar a consequência ou resultado da ação expressa na oração principal. São introduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas, como "que", "de modo que", "de maneira que", "tanto que", "a ponto de".

Exemplo:

"O atleta estava cansado ao ponto de não conseguir mais andar."

Oração subordinada adverbial final

Indicam a finalidade ou objetivo da ação principal. Respondem à pergunta "com que finalidade?", sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas como "para que", "a fim de que", "com o intuito de".

Exemplo:

"Malho bastante com o intuito de ficar atlético."

Oração subordinada adverbial temporal

Indicam o tempo em que a ação principal ocorre. Respondem a perguntas como "quando?" ou "por quanto tempo?" . São geralmente introduzidas por expressões como "quando", "enquanto", "após", "antes que", entre outros.

Exemplo:

"Jantaremos quando chegarmos em casa."

Oração subordinada adverbial proporcional

Esse tipo de oração tem a função de indicar uma proporção ou relação de quantidade entre a ação da oração principal e a ação da oração subordinada. Geralmente são introduzidas por expressões como "à medida que", "à proporção que", "conforme", "à medida que", "quanto mais".

Exemplo:

"À medida que o tempo passa, a saudade aumenta."

Bibliografia:

  • BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009.
  • CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1991.

Veja também:

Igor Alves
Igor Alves
Educador desde 2009, professor de Língua Portuguesa licenciado pela Universidade Federal do Pará. Criador de conteúdos online desde 2021.
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