Significado de Unicórnio
O que é o Unicórnio:
Unicórnio é uma criatura mitológica, representada pela forma de um cavalo, normalmente branco-puro, e com um grande chifre em espiral no centro da cabeça.
Também conhecido por licórnio ou licorne, este ser fantástico é considerado um símbolo de pureza, castidade e força, aparecendo nas narrativas medievais como um animal extremamente dócil e próximo das donzelas virgens.
Etimologicamente, a palavra “unicórnio” se originou a partir do latim unicornis, que significa literalmente “um único chifre”.
Assim como na Idade Média, a figura mítica dos unicórnios continua fascinando as pessoas na literatura e arte contemporânea. Livros famosos como a série Harry Potter, da escritora J. K. Rowling, e de outros escritores conhecidos, como Peter S. Beagle, Lewis Carroll e C.S. Lewis retratam a lenda dos unicórnios no universo criado para as suas histórias.
Lenda do unicórnio
Ninguém sabe ao certo quando a lenda do unicórnio surgiu, mas a sua popularidade cresceu a partir do período medieval. A figura do unicórnio estava diretamente ligada à religião católica, por representar a virgindade da mãe de Jesus, além do milagre de encarnação de Deus através do ventre imaculado da Virgem Maria.
O unicórnio alcançou grande popularidade na China Antiga e na Europa, e tornou-se um mito e símbolo de boa sorte. Ao longo dos anos, várias foram as descrições deste ser mitológico, sendo a presença de um enorme chifre na cabeça uma das características em comum.
De acordo com a mitologia, os unicórnios têm poderes mágicos e milagrosos, principalmente o seu chifre, considerado a parte mais importante de seu corpo, e o sangue. Ambos teriam dons curativos e regenerativos, capazes de prolongar a vida da pessoa por muitos anos, ou salvar alguém que esteja a beira da morte, por exemplo.
Esses animais fantásticos tinham o poder de purificar todas as coisas, trazendo vida e luz ao que era morte e trevas em outrora.
Ainda de acordo com a lenda, os unicórnios se alimentam de nuvens e raios solares, principalmente os emitidos durante o nascer e pôr-do-sol. Isto porque essas seriam uma das poucas coisas verdadeiramente puras na natureza.
O unicórnio na Bíblia cristã
A figura do unicórnio está presente em várias passagens diferentes da Bíblia Cristã: Salmo 22:21, Salmo 29:6 e Salmo 92:10 ou ainda em Jó 39:9-10, Números 23:22, Isaías 34:7 e Deuteronômio 33:17.
Na realidade não significa que estejam se referindo aos seres mitológicos, mas sim pode ser considerada uma má tradução do hebraico para os outros idiomas.
Originalmente, o termo hebraico Re’ém foi trocado pela palavra Monokeros (Bíblia Septuaginta grega), que pode ser traduzida literalmente como "um só chifre" ou "unicórnio".
A Bíblia Vulgata, por sua vez, traduziu o hebraico Re’ém para rinoceronte, enquanto que a tradução de Lutero foi substituída para Einhörner ("um chifre").
As traduções mais contemporâneas da Bíblia, no entanto, traduzem Re’ém como "boi selvagem" ou "búfalo", para evitar a confusão entre esta palavra e o ser mitológico.
O unicórnio na mitologia grega
Ao contrário da visão tradicional que se tem dos unicórnios (cavalos brancos com chifre comprido e entrelaçado no meio cabeça), para Aristóteles, um dos principais filósofos gregos, essa criatura fantástica era bastante diferente.
De acordo com as descrições do poeta, o unicórnio seria uma espécie de antílope (mesma família das cabras e gazelas), com um robusto chifre singular no meio da cabeça.
Segundo as histórias descritas nos bestiários gregos, com destaque para o Physiologus (2 d.C), os unicórnios eram seres tão puros e dóceis que apenas as mulheres virgens podiam se aproximar desses animais.
Os gregos acreditavam na existência de unicórnios, no entanto, como se sabe, essas criaturas fantásticas não faziam parte da mitologia grega original.
Os unicórnios já existiram?
Acredita-se que os "unicórnios" podem de fato já terem existido, mas não da forma como as lendas e mitos fantásticos descrevem.
Há aproximadamente 200 mil anos existia uma criatura chamada Elasmotherium sibiricum, também conhecida como unicórnio siberiano ou Elasmoterio. Este animal pré-histórico era parente do rinoceronte e caracterizado por ter um enorme chifre na cabeça.
O unicórnio siberiano foi extinto há milhares de anos, mas é muito provável que algumas criaturas da espécie tenham sobrevivido tempo suficiente para coexistir com seres humanos primitivos.
A partir do contato entre os primeiros humanos com esses animais, podem ter se originado as primeiras lendas e mitos sobre a existência dos unicórnios.
Alguns fósseis semelhantes aos chifres compridos e entrelaçados que são tradicionalmente narrados como de unicórnios também já foram encontrados. Mas, na realidade trata-se da presa de narvais (Monodon monoceros), uma espécie de baleia do már ártico. Esses animais são popularmente conhecidos como "unicórnios marinhos".
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Unicórnios "modernos"
A simbologia tradicional atribuída aos unicórnios foi adaptada para os diversos formatos da mídia contemporânea, como o cinema, a televisão e a internet.
Na moda, por exemplo, a figura desses animais mitológicos passou a ser representada como criaturas carismáticas e extremamente coloridas. A ideia é transmitir a sensação de felicidade, paz e pureza para os consumidores, sentimentos estes que os unicórnios simbolizam ao longo dos séculos.
Desta forma, os unicórnios se popularizaram como personagens de vários bens de consumo, como cadernos, mochilas, roupas, objetos de decoração, etc.
O que são as "empresas unicórnios"?
Também conhecidas por startups unicórnios, estas empresas do ramo tecnológico são assim apelidadas por atingirem uma avaliação de preço no mercado superior a US$ 1 bilhão (1 bilhão de dólares), isso antes de disponibilizarem o seu capital em bolsas de valores.
Assim como o significado tradicionalmente atribuído aos unicórnios, as empresas que conseguem essa façanha apresentam algo de extremamente apelativo e fantástico em suas propostas.
Entre algumas das empresas unicórnios mais conhecidas, destaque para o Facebook, o Dropbox, o Snapchat, o Spotify, entre outras.
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