Agronegócio
O agronegócio, conhecido como agribusiness em inglês, é um sistema produtivo e econômico responsável pela integração e funcionamento dos setores ligados aos produtos e subprodutos das atividades agrícola e pecuária.
Entretanto, o agronegócio vai muito mais além do campo. Essa grande cadeia produtiva envolve o cultivo dos produtos, os bancos (financiamento), atividades científicas, climatologia, indústria de equipamentos e fertilizantes, exportadores, transportes e até o comércio.
Agronegócio no Brasil: como funciona e qual é seu impacto na economia?
No Brasil o agronegócio chegou na década de 1950 e é considerado um dos setores responsáveis pela ascensão e sustentação da economia do país.
Todo esse sistema abrange os três setores principais da economia que são responsáveis por colocar em funcionamento toda a cadeia agropecuária. São eles:
- Produtores rurais: são os proprietários de pequenas, médias ou grandes áreas rurais. Eles sãos os responsáveis por desenvolver qualquer tipo de atividade agropecuária, seja na criação de gado, cultivo e colheita de frutas e vegetais, atividade pesqueira, entre outros;
- Insumos agropecuários: este setor é o responsável por disponibilizar todas as ferramentas e financiamento necessários para as atividades agrícolas. Neste caso, estão envolvidos os bancos, responsáveis pelo financiamento de novas tecnologias adquiridas pelos produtores e as indústrias que produzem as ferramentas como fertilizantes, todo o maquinário, produtos químicos, e outros;
- Comércio e distribuição: essa é etapa que afeta diretamente o consumidor, pois é a responsável pelo processamento, distribuição e comercialização dos produtos.
Essas três importantes etapas constroem um sistema produtivo que viabiliza o desenvolvimento e a sustentação da economia brasileira, indo desde os empregos gerados, até a comercialização e consumo dos produtos.
Esse cenário de impacto do agronegócio na economia do país obteve seu marco nos anos 1960, quando o gado Nelore foi importado para o país. Seu diferencial era a rápida resposta aos estímulos zootécnicos
Foi a partir desse ano que o setor agropecuário começou a expandir e crescer, principalmente porque as empresas brasileiras envolvidas no ramo adotaram análises estratégicas em sua gestão.
Como consequência desse crescimento, nos anos 1970 foi criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, responsável por ajudar no crescimento exponencial do agronegócio brasileiro.
Hoje o Brasil é considerado um dos países que mais produzem alimento no planeta. Em 2017, por exemplo, o setor teve a maior participação no PIB brasileiro, sendo 23,5% do total, segundo a Confederação Agropecuária do Brasil.
No âmbito das exportações brasileiras, o agronegócio também tem grande força, quase um quarto de toda riqueza produzida no país e quase metade das exportações dos produtos, saem das áreas rurais brasileiras.
Os principais produtos exportados pelo Brasil são:
- soja;
- carne de frango;
- carne bovina;
- açúcar;
- celulose;
- café;
- farelo de soja.
Todos esses dados indicam que o agronegócio é um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento e sustentação da economia brasileira, colocando o país como uma potência mundial na produção agropecuária.
O atual cenário e as críticas ao agronegócio brasileiro
Um dos fatores que mais contribui para um forte agronegócio no Brasil é o clima. As chuvas abundantes permitem até duas safras ao ano em muitas regiões. Os solos são favoráveis e férteis para a produção, assim como os relevos.
Diante disso, os estímulos à descoberta de novas tecnologias no campo e ao empreendedorismo jovem começaram a crescer no setor.
As empresas denominadas como hub de tecnologia e startups transformaram o agronegócio brasileiro, investindo em eficiência e inovação na agricultura e na pecuária
Alguns exemplos são as máquinas controladas por inteligência artificial, as sementes criadas em laboratório, a utilização de ferramentas digitais na gestão das lavouras, condições climáticas precisas, entre outras.
Cada vez mais o agronegócio recebe investimentos e toma grandes proporções desde sua chegada ao Brasil. Com sua expansão, algumas críticas sobre os insumos financeiros e as irresponsabilidades ambientais começaram a surgir. As principais críticas são:
- Desmatamento;
- Má distribuição de terras, que gera o grande conflito entre os ativistas do Movimento Sem Terra e os grandes latifundiários;
- Poluição por meio do maquinário;
- Grandes níveis de agrotóxico nos alimentos;
- Invasão de terras indígenas, entre outros.
Há grandes movimentos e ativismo engajado em causas ambientalistas e financeiras. Na maioria dos casos, o maior objetivo é lutar por um agronegócio sustentável.
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Data de atualização: 17/03/2020.