Liberalismo Econômico

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O que é o Liberalismo Econômico:

Liberalismo econômico consiste na ideia da liberdade para a economia, sendo ela livre de interferências do Estado, por exemplo. O mercado econômico seria regulamentado e controlado por ele próprio, ficando a cargo dos indivíduos grande parte das decisões econômicas.

O princípio do liberalismo econômico é defender a liberdade da ação produtiva, ou seja, as empresas terem o direito de escolher quais produtos fabricar, assim como o trabalhadores de escolher para quem querem trabalhar e, por fim, os consumidores serem livres para consumir os produtos que quiserem.

A livre concorrência era incentivada e representaria um benefício para os consumidores e sociedade em geral, desde que seguisse os padrões éticos e morais previamente estabelecidos pela lei.

O liberalismo econômico nasceu como uma alternativa ao fim do Mercantilismo que, no final do século XVIII, já entrava em declínio na maioria dos países desenvolvidos, dando lugar ao capitalismo.

A economia liberal é uma ideia presente em nações capitalistas, representando o oposto total da ideologia socialista ou comunista, onde não existe o direito a propriedade privada ou ao mercado livre e individual, por exemplo.

Saiba mais sobre o Mercantilismo.

François Quesnay (1694 - 1774) e Vincent de Gournay (1712 - 1759) foram dois dos principais teóricos a desenvolverem a teoria do liberalismo econômico. No entanto, foi economista britânico Adam Smith (1723 - 1790), conhecido como o "pai do liberalismo econômico", quem apresentou os conceitos que viriam a se firmar como característicos da livre economia.

Para Smith, o Estado não tinha que intervir na economia, pois esta seria controlada pela "mão invisível do mercado". Aliás, a partir desta ideia surgiu a expressão que resumiria o conceito proposto pelo liberalismo econômico: "laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même", que significa "deixai fazer, deixai ir, deixai passar, o mundo vai por si mesmo".

Saiba mais sobre o Laissez-faire.

De acordo com Adam Smith, ficaria a cargo do Estado apenas garantir a lei e a ordem, a defesa nacional e ofertar alguns bens públicos aos cidadãos que não seriam do interesse do setor privado (saúde pública, educação, saneamento básico, etc).

O liberalismo econômico entrou em crise com a Grande Depressão de 1929, mas várias de suas ideias ressurgiriam anos mais tarde com o surgimento do Neoliberalismo.

Ver também: Neoliberalismo.

Características do Liberalismo Econômico

Entre as principais características defendidas pelo liberalismo econômico, destacam-se:

  • Típico em sociedades capitalistas;
  • Individualismo: liberdade da ação individual;
  • Livre mercado;
  • Livre câmbio;
  • Lei da oferta e procura, baseada na livre concorrência;
  • Participação mínima do Estado em questões econômicas;
  • Defesa da propriedade privada;
  • Valorização da mão de obra do trabalhador;
  • Laissez-faire.

Liberalismo Econômico e Político

Assim como o Liberalismo defendia a não participação do Estado no funcionamento da economia, fazendo com que houvesse uma livre concorrência e comercialização na nação, o Liberalismo político também privava a interferência do Estado em aspectos da vida social.

O Liberalismo político restringe a interferência do poder estatal em alguns dos direitos fundamentais dos cidadãos, como o direito à vida, à liberdade e à felicidade, por exemplo.

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