Cyberbullying

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Cyberbullying é a violência praticada contra alguém na internet, em redes sociais ou outro meio digital. É também chamado de bullying cibernético.

Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para intimidar, hostilizar ou humilhar uma pessoa, difamando, insultando ou atacando moralmente.

O termo é formado a partir da junção das palavras cyber, palavra de origem inglesa e que é associada à comunicação virtual nas mídias digitais, como as redes sociais. Já bullying é o ato de intimidar ou humilhar uma pessoa. Assim, quem comete esse tipo de ato é conhecido como cyberbully.

Os ataques são comuns nas redes sociais porque os agressores podem fazê-lo de forma anônima a partir das chamadas "contas fake", disparando conteúdo ofensivo e calunioso.

Em geral, o cyberbullying é praticado entre adolescentes e está relacionado com o ambiente escolar, mas também ocorre entre adultos, principalmente no ambiente de trabalho.

Exemplos de cyberbullying

As principais formas de bullying cibernético são:

  • Propagar informação difamatória ou caluniosa por via de e-mail, mensagens ou publicações em redes sociais;
  • Publicar material pessoal, tais como cadernos, diários, cartas ou mensagens particulares nas redes sociais sem a autorização da pessoa;
  • Divulgar fotografias feitas sem autorização com o objetivo de humilhar ou expor a pessoa de forma pejorativa;
  • Divulgar fotos ou vídeos íntimos;
  • Impedir a participação do membro de um grupo (real) no ambiente virtual sem justificativa plausível.

Cyberbullying no Brasil

No Brasil, existe a Lei 13.185, responsável pelo Programa de Combate a Intimidação Sistemática, que prevê uma série de medidas de conscientização e apoio a vítima de bullying, assim como de cyberbullying.

As vítimas de cyberbullying podem denunciar os crimes que sofreram por meio do Artigo 138 do Código Penal, que tipifica crimes como injúria, calúnia e difamação; e também através da Lei 13.718 que condena a divulgação online de imagens e vídeos íntimos sem consentimento.

Dados de um estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Ipsos, indicaram que um em cada cinco pais em todo o mundo tem um filho que já foi vítima de cyberbullying. No Brasil, mais de 25% dos pais sabem que o filho foi vítima de cyberbullying pelo menos uma vez. O país é o segundo com mais casos desse tipo de violência.

Bullying e cyberbullying

O bullying e o cyberbullying são agressões similares, o cyberbullying é um tipo de bullying.Ambos estão relacionados com atos de discriminar, humilhar, ridicularizar e intimidar pessoas.

Entretanto, enquanto o bullying pode acontecer de diversas formas, inclusive com agressões físicas, e em diversos lugares; o cyberbullying acontece exclusivamente em um ambiente digital.

O cyberbully utiliza dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, para agredir a vítima. Pode enviar mensagens ofensivas, fazer comentários vexatórios, publicar informações pessoais falsas ou sem consentimento, disponibilizar imagens e vídeos discriminatórios ou que exponham a intimidade da vítima.

Outras características que diferem o "bullying tradicional" do cyberbullying são a rapidez, disseminação e permanência. Uma agressão online se espalha rapidamente, é vista por mais pessoas e se torna um registro (difícil de ser apagado) da violência, o que pode provocar traumas ainda mais severos nas vítimas.

Consequências do cyberbullying

O cyberbullying pode afetar as vítimas de muitas formas, tanto em sua saúde mental, quanto física. Depressão, transtorno de ansiedade, transtornos alimentares, pensamentos destrutivos e suicidas estão entre os problemas mentais que podem ser provocados.

Problemas de saúde física, como enxaquecas, distúrbios do sono, doenças cardiovasculares, doenças do aparelho digestório e doenças autoimunes também estão na lista.

Além de problemas de saúde, a cyberbullying também afeta a vida social e acadêmica das vítimas.A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que os danos emocionais causados pelo bullying trazem consequências para a socialização de crianças e jovens.

A ONU (Organização das Nações Unidas), em estudo realizado em 2018, relatou que o cyberbullying está entre as principais causas de abandono escolar.

Já a APA (Associação Americana de Psicologia) reportou que apenas 68% das crianças e jovens que sofrem cyberbullying buscam ajuda de adultos ou de autoridades. Os restantes, 32%, permanecem em silêncio, podendo sofrer ainda mais prejuízos emocionais.

É de extrema importância criar um ambiente seguro para que as vítimas se sintam à vontade para partilhar o problema que estão vivenciando, seja na escola, no trabalho ou em casa.

Também é essencial estar atento e reconhecer alterações de comportamento que podem indicar que alguém está sendo vítima de bullying ou cyberbullying. Ao ver uma agressão, presencial ou online, deve-se sempre acolher a vítima.

Leia também sobre Bullying Escolar e os Tipos de Bullying.

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