Platônico

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O termo platônico é usado para descrever algo que existe no campo das ideias, ou seja, algo idealizado, puro e não concretizado na realidade. Ele vem do nome do filósofo grego Platão, cujas ideias influenciaram profundamente a filosofia ocidental.

Na linguagem comum, a palavra é muito usada para falar de “amor platônico”, que é aquele amor intenso, mas que não se realiza fisicamente. Pode ser um sentimento guardado em segredo ou uma admiração profunda por alguém com quem não se tem envolvimento amoroso direto.

O que é um amor platônico?

Um amor platônico é um sentimento idealizado, baseado na admiração, no carinho ou na afeição espiritual. É comum, por exemplo, que alguém tenha um amor platônico por uma pessoa famosa, por um amigo próximo ou por alguém que não sabe do sentimento.

Esse tipo de amor é mais emocional e mental do que físico. Não envolve o desejo de estar junto fisicamente, mas sim uma valorização ideal da pessoa amada, muitas vezes com foco em suas qualidades, virtudes e personalidade.

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O que Platão tem a ver com isso?

O filósofo Platão viveu na Grécia Antiga, por volta do século IV a.C., e propôs a Teoria das Ideias, também chamada de Teoria das Formas. Segundo ele, tudo o que vemos e sentimos pertence ao Mundo Sensível, que é imperfeito e passageiro. Acima dele estaria o Mundo das Ideias, onde vivem as formas perfeitas e eternas de tudo o que existe.

Essa teoria influenciou o modo como entendemos conceitos como “amor platônico”. Para Platão, o amor verdadeiro era aquele que buscava a beleza e a perfeição da alma, não apenas a atração física. Por isso, um amor platônico é visto como um sentimento mais elevado e espiritual.

Veja também: 7 filósofos que definiram o Amor de uma forma épica

Alegoria da Caverna: entendendo o mundo das ideias

Em um de seus textos mais famosos, Platão apresenta a Alegoria da Caverna. Nela, ele conta a história de pessoas que vivem presas dentro de uma caverna, vendo apenas sombras na parede. Essas sombras são projeções dos objetos reais que estão do lado de fora da caverna, mas os prisioneiros não sabem disso e acham que as sombras são a única realidade.

Essa alegoria mostra como os sentidos nem sempre revelam a verdade. Para Platão, só através do pensamento e da razão conseguimos sair da “caverna” e conhecer as ideias perfeitas, ou seja, o mundo verdadeiro.

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