Amon: quem é o deus egípcio e como ele se tornou Amon-Rá
Amon, também chamado Ámon ou Amun, foi um deus egípcio associado ao vento, ao invisível. Era uma divindade local durante o Antigo e o Médio Império, adorado apenas em Tebas. Tornou-se amplamente conhecido à medida que a cidade se tornou um centro de poder político do Egito.
A palavra "Amon" significa "o oculto" ou "o escondido". Trata-se de um deus muito antigo, com existência anterior à criação do mundo, assim como Rá. Fazia parte da Ogdóada de Hermópolis, um grupo de oito deuses (quatro casais) associados ao caos primordial: Num, Naunet, Ket, Keket, Amon, Amonet, Hehu e Hehet.
Amon era considerado um deus imperial, pois, ao ser invisível, podia acompanhar o exército e o faraó em campanhas fora do país. Por conta da sua natureza indefinida, oculta, é considerado o mais enigmático dos deuses egípcios.
O deus do vento era representado de várias maneiras: como homem com cabeça de animal, apenas como homem ou como animal. Em estátuas e pinturas, Amon aparece geralmente de pé ou sentado, com barba postiça e pele azul, usando um disco solar e duas plumas na cabeça.
Amon-Rá
Com a ascensão da XVIII dinastia e o início do Novo Império, Tebas se tornou a nova capital do Egito, e Amon experimentou uma transformação radical em sua relevância. De deus local, tornou-se na divindade suprema do Império, associado à vitória nas batalhas e considerado o pai de todos os outros deuses.
Essa ascensão foi consolidada pela fusão de Amon com Rá, o antigo deus do sol e criador do universo. Sob o nome de Amon-Rá, incorporou os atributos solares de Rá, tornando-se uma figura ainda mais poderosa e venerada.
Amon-Rá tornou-se o deus supremo do Egito, associado à criação, à realeza, à vitória, à fertilidade e ao sol.
Essa fusão de Amon e Rá teve um profundo impacto na sociedade egípcia. Representou a unificação do Império, fortalecendo o poder do faraó e legitimando sua autoridade divina.
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