O que são Orações Coordenadas: assindéticas, sindéticas e exemplos

Igor Alves
Igor Alves
Professor de Língua Portuguesa

Orações coordenadas são orações que possuem independência sintática, ou seja, não necessitam de outra oração para fazerem sentido na frase. São classificadas em dois tipos: assindéticas e sindéticas.

As orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são ligadas por conectivos.

Exemplo:

O céu estava estrelado, a lua brilhava intensamente.

Já as orações coordenadas ligadas por conectivos são chamadas de sindéticas. Podem ser classificadas como aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

Exemplos:

  • Ele gosta de nadar e de jogar futebol. (aditiva)
  • Ela estudou bastante, mas não conseguiu passar na prova. (adversativa)
  • Vamos ao cinema ou assistimos a um filme em casa. (alternativa)

Orações coordenadas

Orações Coordenadas Assindéticas

As orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são conectadas por conjunções coordenativas, isto é, palavras que desempenham o papel de conectar duas orações ou termos da oração com funções sintáticas semelhantes.

A ausência de conjunções cria um ritmo mais rápido e dinâmico na leitura, ressaltando a relação direta entre as ações ou ideias expressas nas orações.

Exemplos:

  • Estudou, fez exercícios, revisou para a prova.
  • Ele chegou, cumprimentou, sentou-se.
  • O tempo estava chuvoso, saiu para passear.

Orações Coordenadas Sindéticas

As orações coordenadas sindéticas são estruturas gramaticais que se unem através do uso de conjunções coordenativas, que atuam como conectores, estabelecendo relações entre as diferentes partes de uma frase composta.

Existem cinco tipos de orações coordenadas sindéticas, cada uma delas introduzida por uma conjunção específica:

Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas

Expressam a ideia de adição ou soma. São introduzidas pelas conjunções: "e", "nem" e "não só... mas também".

Exemplos:

  • Ele gosta de nadar e também de correr.
  • Não só estudou para a prova, mas também fez exercícios.
  • Ela trabalha de dia e estuda à noite.

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas

Indicam contraste, oposição ou restrição entre as ideias das orações. Conjunções introdutórias: "mas", "porém", "contudo" e "todavia".

Exemplos:

  • Ela queria ir ao cinema, mas estava chovendo.
  • Ele é talentoso, porém tímido.
  • A comida estava deliciosa, todavia o atendimento deixou a desejar.

Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas

Apresentam escolhas, alternativas ou possibilidades. Conjunções: "ou", "ou... ou" e "ora... ora".

Exemplos:

  • Ou viajaremos no verão ou ficaremos em casa.
  • Ora prefiro chá, ora café pela manhã.
  • Ela pode estudar agora ou mais tarde.

Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas

Indicam uma conclusão ou consequência a partir das orações anteriores. Conjunções: "logo", "portanto", "pois" e "então".

Exemplos:

  • Ele estudou muito, logo está preparado para a prova.
  • O resultado foi positivo, pois se dedicou ao projeto.
  • Não conseguiu o emprego, então decidiu começar seu próprio negócio.

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas

Fornecem uma explicação ou justificativa para a informação da oração anterior. Conjunções: "que", "porque", "pois que" e "uma vez que".

Exemplos:

  • Ele não veio à festa, pois estava doente.
  • Atrasou-se para o trabalho, porque o trânsito estava congestionado.
  • Ele não atendeu o telefone, uma vez que estava em reunião.

Diferença entre Oração Coordenada e Subordinada

As orações coordenadas e as subordinadas são duas categorias distintas de estruturas gramaticais que desempenham papéis diferentes na formação das frases.

As orações coordenadas são independentes umas das outras e podem funcionar como frases completas por si mesmas.

Exemplo:

Na frase "Ele não só é inteligente, mas também dedicado.", temos duas orações independentes unidas por uma conjunção coordenativa "não só... mas também".

Por sua vez, as orações subordinadas são dependentes de uma oração principal e não fazem sentido isoladamente.

Exemplo:

Em "Ele estuda porque quer ter sucesso", a oração "porque quer ter sucesso" depende da oração principal "Ele estuda".

Bibliografia:

  • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 1999.
  • CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1991.

Veja também:

Igor Alves
Igor Alves
Educador desde 2009, professor de Língua Portuguesa licenciado pela Universidade Federal do Pará. Criador de conteúdos online desde 2021.
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