Ilustração

Equipe do Significados
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Uma ilustração é uma imagem que passa uma mensagem, que pretende informar, explicar ou auxiliar no entendimento de algo. As ilustrações podem acompanhar textos ou podem ser imagens que, por si só, cumprem a função de comunicar.

Os livros infantis e materiais didáticos são exemplos de materiais que costumam possuir texto e ilustração. Nesses casos, as ilustrações têm o objetivo de auxiliar na compreensão do conteúdo ou na construção de significados.

As ilustrações também estão em capas de livros, revistas, cartazes de filmes e peças de teatro. Uma ilustração não é, necessariamente, um desenho, pode ser uma foto, uma colagem, uma pintura.

Diferença entre ilustração e desenho

Apesar de serem geralmente utilizados como sinônimos, ilustração e desenho são conceitos diferentes. A diferença essencial entre esses dois termos é que a ilustração desempenha uma função, já o desenho não precisa ter um propósito.

Um desenho é uma manifestação mais livre, pode ser feito apenas por diversão e sem o intuito de transmitir uma mensagem. Um desenho, portanto, não é necessariamente uma ilustração.

Mas o desenho pode ser uma ilustração se sua função for transmitir uma ideia ou pensamento. Um desenho na capa de um livro, por exemplo, é uma ilustração, pois geralmente pretende comunicar alguma mensagem relacionada ao conteúdo do texto.

IlustraçãoCapa do livro 1984 de George Orwell, com ilustração.

A ilustração na comunicação humana

O ser humano utiliza ilustrações para auxiliar na sua comunicação desde a pré-história, antes mesmo do desenvolvimento da escrita. Basta lembrar das pinturas rupestres feitas em pedras com pigmentos naturais.

Ainda que os significados dessas tão antigas manifestações não sejam comprovados, acredita-se que os desenhos buscavam passar uma mensagem, expressar valores, crenças e retratar o cotidiano desses povos.

IlustraçãoPinturas rupestres no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.

Uma das primeiras ilustrações em manuscritos que se tem registro é o Livro dos Mortos, uma coletânea de registros feitos pelos egípcios entre os séculos XV e X a.C.

Esses manuscritos descreviam procedimentos que deveriam ser seguidos após a morte para afastar os perigos e facilitar o caminho do morto para o paraíso. Existiam pessoas especialmente designadas para fazer as ilustrações desses manuscritos.

IlustraçãoSeção do Livro dos Mortos, 1040 - 945 a.C.

De lá pra cá, o homem nunca deixou de usar imagens, pinturas ou desenhos para contar histórias, descrever situações em tempos e espaços diferentes, expressar sentimentos e provocar reflexões.

Hoje, as ilustrações estão em toda parte: em livros, revistas, anúncios publicitários, pinturas, grafites, etc. E com as tecnologias e programas de design, a criação de imagens para a comunicação ficou ainda mais fácil e presente no nosso dia a dia.

O Papel do ilustrador

O ilustrador é aquele que criará imagens, desenhos, pinturas ou quaisquer representações gráficas que buscam transmitir uma mensagem, contar uma história ou contribuir para a construção de significados.

O papel do ilustrador pode ser entendido como uma ponte entre o leitor e a mensagem que está sendo passada. Uma ilustração pode ser construída a partir de textos, músicas, imagens e serve para contribuir com a interpretação e compreensão do que se pretende transmitir.

As ilustrações podem dar vida, provocar reflexões e proporcionar uma compreensão mais profunda do tema.

Ilustração e o iluminismo

A palavra ilustração tem origem na palavra do Latim "illustris", que significa brilhar, iluminar. Ora, quando uma ilustração contribui para a expressão de uma mensagem, ela está esclarecendo o pensamento, iluminando a compreensão.

O conceito da ilustração influenciou na escolha do nome Iluminismo para o movimento intelectual que ocorreu na Europa entre os séculos XVII e XVIII. O nome ilustração, ainda que menos comum, também pode ser utilizado para designar esse período.

Os pensadores iluministas defendiam o uso da razão e da ciência para a produção de conhecimento e negavam o domínio que a Igreja Católica exercia sobre a produção e difusão do saber.

Também chamado de Séculos das Luzes, esse período rompeu com o teocentrismo e colocou o indivíduo no centro do conhecimento.

Foi um período de imensos avanços científicos e tecnológicos e também do desenvolvimento da filosofia e da doutrina jurídica.

Saiba mais sobre o iluminismo e teocentrismo.

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