Linguagem
Linguagem é o sistema através do qual o ser humano comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais.
Dependendo do contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar a:
- Linguagem formal: produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão (conhecida também como norma culta). Muito utilizada em reuniões e apresentações de trabalho, por exemplo.
- Linguagem informal: usada quando existe intimidade entre os falantes, recorrendo a expressões coloquiais.
Tipos de linguagem
Há três tipos diferentes de linguagem:
Linguagem verbal
É aquela formada por palavras, seja na escrita ou na fala. Na linguagem do cotidiano, por exemplo, o ser humano faz muito uso da linguagem verbal para se comunicar.
Os exemplos de linguagem verbal seriam: o diálogo entre duas pessoas, um livro, uma carta, uma palestra, entre outros.
Linguagem não-verbal
É o tipo de linguagem que não contém palavras, mas possui recursos visuais. Os exemplos de linguagem não-verbal seriam: imagens, placas, linguagem corporal, desenhos, gestos.
É importante salientar que a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), por mais que tenha sua base em gestos, não é considerada uma linguagem e sim uma língua, conforme previsto no Art 1° da lei 10.436 de 24 de abril de 2012.
Linguagem mista ou híbrida
Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal simultaneamente. Por exemplo, uma história em quadrinhos integra, simultaneamente, imagens, símbolos e diálogos.
Leia mais sobre os Tipos de Linguagem: verbal, não verbal e mista.
Qual a diferença entre linguagem e língua?
A língua é o código que utiliza a palavra como elemento principal. Ou seja, a língua é um tipo de linguagem que podemos classificar como verbal.
Já a linguagem, como dito anteriormente, é qualquer forma que utilizamos para representar o nosso pensamento ou sentimento. Diferente da língua, a linguagem pode ter vários tipos, como os classificados acima.
Quais são as funções da linguagem?
Como cada indivíduo se expressa, segundo o texto que ele passar e para quem está enviando, pode definir diferentes funções na linguagem.
Ou seja, na hora de informar ou dizer algo, a maneira e a intenção dessa mensagem determinam a função utilizada pelo emissor. Antes de apresentar as funções da linguem, é importante que você saiba que:
- Emissor: é quem envia a mensagem;
- Receptor: é quem recebe a mensagem;
- Mensagem: é o conteúdo da informação;
- Canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida;
- Código: é a língua em si (como a língua portuguesa, por exemplo);
- Contexto: objetivo ou situação a que a mensagem se refere.
Esses elementos são importantes para a compreensão das seguintes funções da linguagem:
Função referencial
A função referencial tem o propósito de trazer a informação diretamente e objetivo. Esse tipo de função é encontrada especialmente em textos científicos e jornalísticos, que procuram enviar ao receptor uma mensagem direta.
As principais características da função referencial são a objetividade, a ênfase na informação e o foco em levar conhecimento e esclarecimento sobre algo para o receptor.
Geralmente se utiliza da linguagem denotativa e possui uma visão unilateral.
Função emotiva
Na função emotiva o foco é a pessoa que produz a mensagem, ou seja, no emissor. A ideia é que a pessoa que está enviando o conteúdo coloque suas marcas próprias nele.
Exemplos da função emotiva são os blogs, vlogs, diários, entre outros. O objetivo é que a atenção esteja no emissor, em seus sentimentos, pensamentos e opiniões sobre determinado assunto.
As principais características da função emotiva são a subjetividade, a fala em primeira pessoa, a visão e mensagem intimistas e as opiniões ou relatos pessoais.
Veja também: O que é Subjetividade.
Função conativa ou apelativa
Essa função tem o foco em quem recebe a mensagem, ou seja, o receptor. A maior intenção aqui é tentar convencer quem recebe o conteúdo sobre algo.
Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento.
Um dos maiores exemplos de função conativa é a propaganda publicitária, cujo objetivo é induzir o público alvo a comprar algo.
As principais características da função conativa são verbos no imperativo (compre, adquira, tenha, entre outros), as orações optativas que expressam desejo e a referência direta ao leitor.
Função metalinguística
É a função que dá ênfase no código. Na função metalinguística, a linguagem fala de si mesma, transformando-se no próprio referente.
Um dos maiores exemplos de metalinguagem é a forma de escrever de Machado de Assis, que dentro de suas obras referenciava outras obras literárias dele mesmo.
Outro exemplo no mundo das artes é a obra "Autorretrato" de Van Gogh, que pintou ele mesmo pintando um outro quadro. Nesses dois exemplos, o código fala do próprio código.
Função fática
A função fática tem seu foco no canal. Essa palavra significa "ruído ou rumor", ou seja, são sons que aparecem durante uma comunicação, visando chamar a atenção. As músicas geralmente são grandes exemplos de função fática.
Função poética
Essa função tem ênfase na mensagem, preocupando-se com a estética e a beleza. O maior objetivo é cuidar do modo como a mensagem é transmitida. É muito encontrada nas músicas e nos poemas.
As principais características dessa função poética são uso de figuras de linguagem e a preocupação com a mensagem e como ela é dita.
Bibliografia:
JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1999.
Veja também: