Faixa de Gaza
A Faixa de Gaza é um território localizado no Oriente Médio, que pertence à Palestina. Tem aproximadamente 365 km², em que vivem cerca de 2 milhões de pessoas.
Faz fronteira com Israel ao norte e a leste, com o Egito ao sul, e tem saída para o Mar Mediterrâneo a oeste. A Faixa de Gaza é dividida em 5 áreas administrativas, também chamadas de cidades: Cidade de Gaza, Deir al-Balah, Khan Yunis, Norte de Gaza e Rafah.
A Cidade de Gaza é maior e principal cidade da Faixa de Gaza, funcionando como capital. A região é governada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), e também é onde acontece a Guerra Israel - Hamas, iniciada em 2023. Veja o mapa da Faixa de Gaza:
A quem pertence e quem governa a Faixa de Gaza
A Faixa de Gaza não é um país, mas sim uma região pertencente a Palestina. Apesar da Palestina não ser reconhecia como estado soberano internacionalmente, ela possui dois territórios, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
A Faixa de Gaza é governada pelo Movimento de Resistência Islâmica, mais conhecido como Hamas, desde 2007. O grupo assumiu totalmente a região após vencer as eleições legislativas e romper com a Autoridade Nacional Palestina, que liderava Faixa de Gaza na época. O Hamas é considerado um grupo terrorista por países como a Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Israel.
A Faixa de Gaza é um território é de grande importância geopolítica, é o cenário para os conflitos entre Hamas e Israel. A sua localização estratégica, com acesso ao Mar Mediterrâneo, influencia a segurança e a política regional, inclusive afetando as relações entre Israel, Egito e outras nações árabes.
O território também simboliza a resiliência na identidade palestina. Para muitos palestinos, a luta diária e a sobrevivência dos habitantes de Gaza são os símbolos da resistência e da luta por autodeterminação e justiça.
População da Faixa de Gaza
A população da Faixa de Gaza é de aproximadamente 2 milhões de pessoas, é menor e menos populosa que a Cisjordânia. Contudo, é mais densamente povoada, pois só possui 365 km². A densidade demográfica é de mais de cinco mil hab./km², uma das mais altas do mundo.
A maioria da população é composta por árabes palestinos. O idioma falado é o árabe palestino, um dialeto árabe. O islamismo é a religião predominante, de maioria muçulmana sunita.
Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), 1,7 milhões de palestinos, vivendo na Faixa de Gaza, são refugiados das várias guerras e conflitos com Israel. A região passa por uma crise humanitária ainda maior com a Guerra Israel - Hamas, iniciada em outubro de 2023.
Como é a vida na Faixa de Gaza
Os árabes palestinos que vivem na Faixa de Gaza experimentam um contexto de guerra, bloqueios econômicos e falta de acesso a serviços importantes.
A região é a principal área de conflito armado entre Israel e Hamas. Os bombardeios, ataques aéreos e confrontos militares causam destruição de infraestrutura, perda de vidas e um ambiente constante de medo para palestinos.
Além disso, Israel e Egito mantêm bloqueios à Faixa de Gaza, restringindo a entrada e saída de pessoas e bens. Isso afeta a economia e limita a disponibilidade de bens essenciais, como medicamentos e materiais de construção. Além de dificultar o acesso a cuidados médicos especializados fora da região.
Na economia, o desemprego é alto, principalmente entre os jovens, com taxas que ultrapassam os 50%. A principais atividades são a agricultura e a pecuária. A falta de trabalho leva a altos níveis de pobreza e muitas famílias dependem de ajuda humanitária.
Os palestinos em Gaza tem problemas nas redes elétricas, sistemas de água e esgoto e hospitais. Cortes de energia são comuns e o acesso à água potável é limitado. As escolas sofrem com falta de recursos, apesar disso, têm altas taxas de alfabetização e muitos jovens buscam o ensino superior.
Mesmo com tantos desafios, a cultura resiste, há uma comunidade artística forte, com músicos, artistas plásticos, poetas e escritores, que expressam suas experiências através de suas obras.
História da Faixa de Gaza e os motivos dos conflitos
A Faixa de Gaza foi habitada e governada por diversos povos ao longo dos séculos, como egípcios, filisteus, assírios, babilônios, persas, gregos e romanos. No século XX, após a Primeira Guerra Mundial, foi administrada pelos ingleses sob o Mandato Britânico da Palestina (1920 a 1948).
Nesse período, a imigração de judeus para a região aumentou, influenciados pelo movimento sionista e seu desejo de criar um estado soberano para os judeus, Israel. Para o judaísmo, o território onde está localizada a Palestina seria a terra prometida por Deus.
Os árabes palestinos que viviam na região temiam a perda do território para os judeus recém-chegados. Em 1947, a ONU realizou a proposta de divisão territorial para a criação de um estado judeu e outro árabe palestino, mas a proposta não foi aceita pelos palestinos.
A criação do Estado de Israel, em 1948, culminou na primeira guerra árabe-israelense e resultou em Israel tomando da Palestina outros territórios além dos estipulados pela ONU.
Em 1967, a Guerra dos Seis Dias resultou na ocupação israelense na Faixa de Gaza, assim como na Cisjordânia e em outras terras árabes. Durante a ocupação, Gaza sofreu um intenso controle militar.
O cenário político mudou após a Primeira Intifada (1987) e os Acordos de Oslo (1993), que abriram caminho para a autonomia palestina em certas áreas. Em 2005, após a Segunda Intifada, Israel retirou suas forças da Faixa de Gaza.
Em 2006, o grupo islâmico Hamas ganhou as eleições legislativas palestinas e, após um breve conflito com o Movimento de Libertação Nacional Palestina (Fatah), principal partido da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assumiu o controle total da região.
Desde então, a Faixa de Gaza tem sido o centro do conflito contínuo entre Israel e o Hamas, com guerras e operações militares causando destruição, perda de vidas e uma enorme crise humanitária. A violência na região aumento em outubro de 2023, quando Israel declarou guerra ao Hamas, após o grupo vitimar mais 1200 israelenses.
Portanto, os conflitos entre Israel e os palestinos são motivamos por disputas históricas e territoriais, em que os dois povos acreditam ter direito sobre a Palestina e não chegam a um acordo quanto a divisão territorial e criação de um estado soberano para os palestinos.
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