Exercícios sobre colocação pronominal (com respostas explicadas)
A colocação pronominal trata da posição dos pronomes oblíquos átonos em relação ao verbo. Resolva os exercícios a seguir e confira as respostas comentadas para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.
Questão 1
Assinale alternativa segue corretamente as regras de colocação pronominal.
a) Quando ele viu-me, ficou surpreso.
b) Esperava-se que tudo desse certo.
c) Não saberei dizer-lhe a resposta.
d) Dar-te-ei um conselho importante.
e) Todas estão corretas.
Todas as frases respeitam as regras de próclise, ênclise ou mesóclise conforme o contexto apresentado.
Questão 2
Leia as frases e marque a alternativa em que o uso do pronome pessoal está correto.
a) Os viciados em Web são reais. Precisamos ajudar-lhes.
b) Podemos ter relacionamentos virtuais, mas não devemos priorizá-los.
c) A internet é útil e pode ser produtiva. Não vamos atribuí-la a culpa pelo uso exagerado.
d) Os filhos mais jovens costumam extrapolar o limite de horas na internet. Por isso, os pais devem orientar-lhes.
e) Os estragos para os jovens que não sabem tirar proveito da web são enormes. Usam-a compulsivamente, a ponto de perderem os elos com o mundo real.
Na frase "Podemos ter relacionamentos virtuais, mas não devemos priorizá-los" não encontramos erros de colocação pronominal ou regência.
Questão 3
“É bem provável que frequentadores de museus não procurem essa instituição.”
Substitua a expressão em negrito pelo pronome correspondente e assinale a alternativa correta.
a) não lhe procurem;
b) não a procurem;
c) não procurem-a;
d) não procurem-lhe;
e) não procurem-na.
A expressão "essa instituição" é substituída pelo pronome oblíquo feminino "a", que funciona como objeto direto. Assim, a colocação pronominal correta é a próclise, pois a palavra "não" atrai o pronome para antes do verbo.
Questão 4
No trecho “mas minha mãe botou ele por promessa”, observa-se o uso coloquial do pronome pessoal. Identifique a alternativa que também apresenta esse tipo de registro.
a) “— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?”
b) “— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?”
c) “— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?”
d) “— Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.”
e) “— (...) pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...”
A alternativa d apresenta o uso coloquial do pronome "me" em posição inadequada para o registro formal. O correto seria “Desculpe-me”, com a ênclise ao verbo, mas no registro informal, essa inversão é comum, assim como ocorre no uso do pronome "ele" em vez de "o" no trecho dado.
Questão 5
"— Me disseram...
— Disseram-me.
— Hein?
— O correto é "disseram-me". Não "me disseram".
— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"?
— O quê?
— Digo-te que você...
— O "te" e o "você" não combinam.
— Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
— Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
— Partir-te a cara.
— Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
— É para o seu bem.
— Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
— O quê?
— O mato.
— Que mato?
— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
— Se você prefere falar errado...
— Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
— No caso... não sei.
— Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
— Esquece.
— Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
— Depende.
— Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
— Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
— Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lote o que dizerte-ia.
— Por quê?
— Porque, com todo este papo, esqueci-lo."
(Luís Fernado Veríssimo, “Papos”)
"ENSINAR-ME-LO-IAS, se o SOUBESSES, mas não SABES-O."
A frase estaria de acordo com a norma gramatical, usando-se, onde estão as formas em maiúsculo:
a) Ensinar-mo-ias - o soubesses - o sabes
b) Ensinarias-mo - soubesse-lo - sabe-lo
c) Ensinarias-mo - soubesses-o - o sabes
d) Ensinar-mo-ias - soubesses-o - sabe-lo
e) Ensinarias-mo - soubesse-lo - o sabes
A forma correta de mesóclise é “ensinar-mo-ias” (futuro do pretérito); a próclise está correta no segundo caso, pois a conjunção subordinativa condicional “se” atrai o pronome; no último caso, a próclise é indicada devido à presença do advérbio “não”, que atrai o pronome.
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