Revolução Industrial
A Revolução Industrial consiste em um período de grandes mudanças econômicas e sociais que foram realizadas entre os séculos XVIII e XIX na Europa, principalmente na Inglaterra.
Sua característica mais importante foi a alteração nos modos de produção. Antes da revolução, a produção de bens era manual (manufatura), e depois passou a ser realizada por máquinas.
Esse foi um processo que envolveu várias transformações em aspectos econômicos e sociais. Além da modificação do trabalho artesanal para o trabalho feito pelas máquinas, a energia de trabalho humano também foi substituída pela energia motriz (energia gerada por água ou vapor).
Essa mudança poupava o tempo do trabalho e também aumentava a produção de mercadorias, e consequentemente fazia crescer o lucro dos empresários.
De maneira geral, além de marcar a transição da manufatura para a industrialização, a Revolução Industrial também possibilitou o fenômeno do Iluminismo.
Ele permitiu o triunfo dos princípios da razão e da crença nos avanços da ciência, em oposição às ideias de fé e religião até então predominantes.
Veja mais sobre o Iluminismo e a manufatura.
Consequências da Revolução Industrial
A mudança na produção refletiu em outros processos, como: fabricação de produtos químicos, produção de ferro, maior eficiência da energia gerada pela água e uso da energia a vapor.
Também ajudou no desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão.
Com este avanço e tantas mudanças, as fábricas começaram a se expandir. Visando o lucro, os empresários exploravam os trabalhadores, que chegavam a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um baixo salário.
Diante dessas situações, alguns trabalhadores organizaram movimentos para lutar por melhores condições de trabalho. Empregados das indústrias criaram os primeiros movimentos similares aos sindicais, chamados de trade unions, que tinham o objetivo de melhorar as condições de trabalho.
O Cartismo, por exemplo, foi um movimento social, iniciado no século XIX, que utilizava a via política para reivindicar direitos dos trabalhadores. Existiram movimentos mais violentos, como o Ludismo, que invadia fábricas e destruía equipamentos como forma de protesto e revolta.
Foi com a Revolução Industrial que se iniciou o modelo de alta produção e consumo de bens que se conhece hoje. E também o começo dos movimentos sindicalistas contemporâneos.
Fases da Revolução Industrial
Primeira Revolução Industrial
A primeira etapa da Revolução Industrial começou na Inglaterra no século XVIII e se expandiu para o continente europeu, em países como França, Bélgica e Suíça. Este período dura até a década de 1860, quando novos países começam a investir na produção industrial.
Nesta época, o processo de mecanização das fábricas foi a ocorrência de mais destaque. A melhoria de máquinas a vapor também foi importante para o desenvolvimento da revolução.
O surgimento de novos meios de comunicação representa o processo de industrialização. São exemplos: criação da fotografia, do telégrafo, do telefone e mais tarde da luz elétrica.
Segunda Revolução Industrial
Ocorrida durante o período de 1860 a 1900, a segunda etapa da Revolução Industrial já teve a adesão de países como Alemanha, França, Rússia e Itália.
As inovações científicas e tecnológicas, que melhoraram o desempenho da indústria, foram muito importantes nesse momento. São alguns exemplos: uso energia elétrica e combustíveis derivados do petróleo, invenção da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos.
Terceira Revolução Industrial
Para alguns historiadores, os avanços da tecnologia dos séculos XX e XXI são considerados a terceira etapa da Revolução Industrial.
A criação do computador, da televisão, do fax, do celular e os avanços da engenharia seriam algumas das inovações desta fase.
Causas da Revolução Industrial
Foram alguns fatores que proporcionam o início da Revolução Industrial na Inglaterra no século XVIII. Havia um excedente de mão de obra disponível, resultado de um processo de êxodo rural, e frota naval britânica já fazia transações comerciais com diversas regiões do mundo.
Esses acontecimentos refletiam o enorme potencial de mercado de consumo da Inglaterra e o acúmulo de capital para a burguesia, o que viabilizou o investimento nas indústrias.
Ao perceber que poderia haver aumento de produção com investimento em máquinas voltadas para a produção industrial, a burguesia iniciou investimentos em melhorias, elevando sua produção em larga escala.
Veja também: Capitalismo Industrial.
No geral, entre as causas que possibilitaram a revolução estão:
- Crescimento demográfico na Europa;
- Surgimento do parlamentarismo;
- Redução do uso da mão de obra disponível devido ao crescente uso de máquinas;
- Desenvolvimento da indústria metalúrgica e siderúrgica;
- Inovações técnicas;
- Matérias-primas abundantes e baratas;
- Introdução do cultivo do algodão, pois os ingleses compravam algodão que depois transformavam em produtos têxteis.
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