As 5 principais características do Iluminismo (explicadas)
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na França no século XVII.
Também conhecido como Século das luzes, teve como principal característica defender o uso da razão (luz) relativamente ao uso da fé.
O Iluminismo também teve impacto nos contextos político, social e econômico, pois teceu críticas ao absolutismo e aos privilégios da nobreza e do clero.
Além disso, o Iluminismo pregava a correção das desigualdades sociais e a garantia de direitos como a liberdade e a livre posse de bens.
Veja abaixo algumas das principais características do Iluminismo.
1. Defendia o poder da razão
Uma das principais características do Iluminismo era defender a soberania do uso da razão em detrimento do uso da fé.
Os iluministas acreditavam que através da razão, os problemas da sociedade poderiam ser compreendidos e resolvidos.
A filosofia iluminista acreditava também no progresso da ciência e no antropocentrismo, doutrina essa que coloca o ser humano como o centro do universo e defende que ele é responsável por todas as suas ações.
Em outras palavras, o iluminismo defendia o conceito antropocentrista que se baseava na ideia de que ações culturais, filosóficas, históricas e sociais eram de total responsabilidade do homem.
O iluminismo valorizava o uso da razão como principal instrumento para alcançar o conhecimento.
2. Foi contra o absolutismo
O Iluminismo pôs fim às práticas absolutistas na França e em demais países da Europa.
O absolutismo centralizava todo o poder nas mãos do rei ou da rainha. A monarquia tinha autonomia para dar ordens e tomar decisões sem que fosse necessário dar qualquer tipo de satisfação à órgãos de soberania.
Se por um lado o absolutismo defendia o poder, a filosofia iluminista defendia a liberdade de expressão.
O Iluminismo teve fundamental importância na queda do Antigo Regime pois diferentemente dos ideais absolutistas, defendia a liberdade, a igualdade e o progresso, tendo como base a transformação da sociedade através da razão.
3. Pregava a limitação de poderes e privilégios da nobreza e do clero
Um dos motivos do surgimento do iluminismo foram a dúvida e a insatisfação.
Os iluministas eram totalmente contra a herança medieval. Designaram esse período como Idade das Trevas, em oposição ao título de Século das luzes, atribuído ao Iluminismo.
Essa insatisfação fez com que a burguesia, apoiada pelos iluministas, se posicionasse contra a nobreza e o clero, que usufruíam, por exemplo, de privilégios como isenção de pagamento de impostos.
O iluminismo não era a favor dessas regalias.
4. Era a favor da liberdade econômica
Os iluministas defendiam que existisse uma liberdade econômica, ou seja, que a economia pudesse ser movimentada de acordo com suas próprias leis, sem que houvesse a interferência do Estado.
Por este motivo, os adeptos do Iluminismo eram contra o Mercantilismo e o Metalismo, uma de suas principais características.
O Mercantilismo era um sistema no qual o rei tinha autonomia para intervir em todas as áreas da economia.
O Metalismo, por sua vez, consistia em uma maneira de desenvolvimento econômico centrada no acúmulo de metais preciosos.
5. Lutava pela burguesia e seus ideais
O Iluminismo era contra a centralização do poder nas mãos da monarquia e defendia os ideais da burguesia.
Liderada por camponeses e operários, a burguesia se mostrou contrária às ideias da nobreza e do clero pois tinha interesse em comum com os pensadores iluministas.
Um exemplo disso era o fato de tanto burgueses quanto pensadores iluministas não serem favoráveis aos privilégios atribuídos à nobreza e ao clero.
Dentre inúmeros pensadores iluministas, Jean-Jacques Rousseau se destacou como um dos principais a defender os ideias da burguesia.
Autor da obra “O contrato social”, ele afirmava que o Estado deveria ser dirigido conforme e vontade do povo.
6. Não era favorável ao Mercantilismo
O iluminismo defendia a liberdade econômica e por este motivo era totalmente contra os princípios do mercantilismo.
Uma das principais características do Mercantilismo é a forte intervenção do Estado na economia.
O rei tinha autonomia para determinar a quantidade de impostos a ser cobrada e controlava o mercado de negócios.
Essa abordagem é totalmente contrária á que o Iluminismo pregava, onde a liberdade econômica deveria existir e ser isenta de intervenção do Estado.