LGBTQIA+: conheça o significado da sigla

Juliana Theodoro
Revisão por Juliana Theodoro
Mestra em Ciências da Comunicação

LGBTQIA+ é uma sigla utilizada para se referir à comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, intersexos e assexuais, que são diferentes tipos de orientações sexuais e identidades de gênero.

O significado de cada letra da sigla LGBTQIA+ é:

  • L - Lésbicas
  • G - Gays
  • B - Bissexuais
  • T - Transgêneros (Travestis e Transexuais)
  • Q - Queer
  • I - Intersexos
  • A - Assexuais
  • + - demais possibilidades de orientações sexuais ou identidades de gênero

Nas definições das sexualidades e identidades dentro da sigla, as lésbicas são as mulheres que se relacionam sexual e romanticamente com outras mulheres, os gays são homens que se relacionam sexual e romanticamente com homens.

Bissexuais são pessoas que têm relações sexuais e românticas com mulheres e homens. As pessoas transgêneros, também chamadas de trans, são os indivíduos cujo gênero não coincide com o sexo que lhe foi atribuído quando nasceu.

Já as pessoas queer são aquelas que não se sentem representadas pelos padrões de gênero. Os intersexos são indivíduos que nasceram com características físicas ou genéticas que não correspondem ao padrão corporal considerado masculino ou feminino.

Os assexuais são as pessoas que não tem nenhum tipo de interesse sexual. E o sinal de mais (+), no final da sigla, representa outras sexualidades ou identificações que possam existir.

A sigla LGBTQIA+ é a mais usual, porém também existe uma sigla mais extensa. A sigla completa seria: LGBTQQICAAPF2K+: lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, questionando, intersexuais, curioso, assexuais, aliados, pansexuais, polissexuais, aamiliares, 2-espíritos e kink.

Comunidade LGBTQIA+

A sigla LGBTQIA+ também é utilizada como o nome da comunidade e do movimento que luta por direitos civis e, principalmente, contra a homofobia.

Inicialmente, a comunidade era conhecida apenas por GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Porém com o crescimento do movimento, as pessoas começaram a questionar a falta das diferentes ramificações e identidades na sigla.

O termo foi oficialmente alterado de GLS para LGBT em uma Conferência Nacional, realizada em Brasília, no ano de 2008. Com a evolução do debate em torno das causas da comunidade, outras letras foram adicionadas para acolher mais pessoas.

Bandeira LGBT
Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo

O movimento LGBT+, como se conhece hoje, começou em 1969 com o Stonewall Riot, traduzido como a Revolução de Stonewall. Foi uma série de manifestações em revolta ao tratamento que a polícia dava a comunidade LGBT+ em Nova York.

No dia 28 de junho é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ devido aos acontecimentos de Stonewall Riot. A resposta das pessoas LGBT+ aos abusos policiais serviu de inspiração para que, ao redor do mundo, mais gente se organizasse e passasse a lutar por seus direitos.

Atualmente, o movimento LGBTQIA+ é atuante em diversos países e conseguiu conquistar direitos importantes, inclusive no Brasil. Entretanto, a luta contra a homofobia ainda tem grandes obstáculos, especialmente em países que criminalizam a homossexualidade.

No Brasil, importantes conquistas para a comunidade foram: o Sistema Único de Saúde (SUS) passar a fornecer a cirurgia de redesignação sexual, o casamento entre pessoas LGBT+, a possibilidade de adoção de crianças, a possibilidade de corrigir nome e gênero na documentação pessoal e a criminalização da homofobia,

A Parada do Orgulho LGBT+ é uma importante manifestação, para conscientizar sobre a diversidade presente na sociedade e o dever de todos de respeitar as diferenças.

O movimento LGBT + é grande e está presente em diferentes áreas, desde a produção acadêmica, o suporte para pessoas que enfrentam discriminação, cuidados básicos contra doenças sexualmente transmissíveis até a inserção no mercado de trabalho.

Também existem diversas ONGs (Organizações Não-Governamentais) que trabalham em prol da comunidade LGBT+, para conscientizar a população e também acolher vítimas de violência.

Saiba mais sobre Homofobia, Hétero, Pansexual, Queer e os significados das bandeiras LGBTQIA+.

O que é a identidade de gênero

A identidade de gênero é a maneira como alguém identifica o próprio gênero, ou seja, é como uma pessoa se define quanto ao seu gênero.

A única pessoa que pode classificar o gênero de alguém é ela mesma, e o que define a identidade de gênero é como a pessoa se sente e enxerga a si mesma.

As identidades de gênero podem ser cisgênero, transgênero e não-binário. Porém, este não é um conceito fechado, também podem existir outras identidades.

  • Cisgênero é a pessoa cuja identidade de gênero coincide com o sexo que lhe foi atribuído ao nascimento. Ou seja, alguém que nasceu com a genitália dita feminina, por exemplo, e se identifica como mulher.
  • Transgênero é a pessoa cuja identidade de gênero não coincide com o sexo que lhe foi atribuído ao nascimento. Por exemplo, alguém que nasceu com a genitália masculina, mas sente e se identifica como mulher.
  • Não-binário é quem não se identifica nem com o gênero masculino, nem com o feminino, ou se identifica com os dois, ou ainda em um momento se identifica com um e depois, com o outro.

Entenda mais sobre o que é identidade de gênero.

Juliana Theodoro
Revisão por Juliana Theodoro
Mestra em Ciências da Comunicação e especialista em Estudos de Mídia e Jornalismo, com ênfase em Estudos de Gênero e Análise do Discurso. É jornalista desde 2016.
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